Hoje vamos conhecer como foi formado o mais novo e maior bloco comercial do mundo: a Parceria Econômica Global Abrangente (RCEP - Regional Comprehensive Economic Partnership).
Vamos conhecer agora mais sobre esse novo bloco econômico, o RCEP? 😉
O que é a RCEP?
A Parceria Econômica Global Abrangente (RCEP) é um acordo de livre comércio entre 15 países da região Ásia-Pacífico. Esse novo bloco econômico corresponde a mais de 30% do PIB mundial e quase ⅓ da população do planeta, além de reunir muitas das maiores e mais pujantes economias da região Ásia-Pacífico, as quais deixaram diferenças geopolíticas de lado para concretizar o acordo.
Após mais de trinta rodadas de negociações, iniciadas no final de 2011, quando foi introduzida a ideia da RECP, o acordo finalmente foi assinado em 15 de novembro de 2020. Por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia de assinatura foi realizada por videoconferência baseada em Hanói (Vietnã). O RCEP é visto como um aumento da influência da China na região e visa reduzir progressivamente as tarifas de importação entre os países nos próximos anos.
👉🏼 Além deste texto sobre o RCEP, aproveite e confira nosso artigo: Principais Produtos Importados pelo Brasil!
O RCEP é formado pelos 10 países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e outros 5 países:
A notada ausência dos Estados Unidos no acordo é decorrente da política externa adotada pelo governo Trump, deixando a maior economia do mundo de fora de dois blocos comerciais (RCEP e TPP - Parceria Transpacífica) que abrangem a região Ásia-Pacífico, a que possui o crescimento mais rápido do planeta atualmente.
Além do RCEP, temos outros acordos importantes na região Ásia-Pacífico:
Podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que a pandemia de Covid-19 e seu abalo na economia mundial colaborou decisivamente para que as negociações fossem finalmente concluídas após quase dez anos. O novo bloco de livre comércio será maior do que o Acordo EUA-México-Canadá e a União Europeia. Com o RECP, os líderes dos países do bloco esperam que o pacto ajude a estimular a recuperação da pandemia do coronavírus.
"Nas atuais circunstâncias globais, o fato de o RCEP ter sido assinado após oito anos de negociações traz um raio de luz e esperança em meio às nuvens", disse o premier da China Li Keqiang. A longo prazo, Li descreveu o acordo como "uma vitória do multilateralismo e do livre comércio".
A Índia também fez parte das negociações, mas desistiu no ano passado (2019) por causa das preocupações de que tarifas mais baixas poderiam prejudicar os produtores locais. Signatários do acordo disseram que a porta permanece aberta para a Índia aderir no futuro.
O Instituto Peterson de Economia Internacional estima que o acordo pode aumentar a renda nacional global em US$ 186 bilhões anuais até 2030 e adicionar 0,2% à economia de seus estados membros. No entanto, alguns analistas acreditam que o acordo provavelmente beneficiará a China, o Japão e a Coréia do Sul mais do que outros países membros.
Contudo os resultados do acordo beneficiam não apenas os 15 países-membros da RCEP, mas também outras regiões do mundo que mantêm relações econômicas e comerciais com elas. O objetivo da RCEP é fazer com que o fluxo de bens e capitais na região seja tão livre como em uma única economia. Segundo uma estimativa, quando a RCEP atingir a liberalização comercial em todos os setores, com exceção do setor agrícola, a taxa de crescimento das importações da China aumentará em 17%.
O RCEP eliminará até 90% das tarifas de importação entre as nações signatárias em 20 anos e estabelecerá regras comuns para comércio eletrônico, comércio e propriedade intelectual, evitando qualquer compromisso com o trabalho ou o meio ambiente. O RCEP foi projetado para reduzir custos e tempo para empresas e comerciantes, permitindo que exportem seus produtos para qualquer nação signatária, sem atender a requisitos separados para cada país.
Significativamente, também, o RCEP representa o primeiro acordo de livre comércio entre China, Japão e Coréia do Sul, potências econômicas industrializadas da Ásia. O pacto não deve apenas ajudar as nações da ASEAN a se recuperar no ano que vem da devastação econômica da pandemia, mas também destaca simbolicamente a importância da região no que alguns analistas ainda acreditam que ficará conhecido como o “Século Asiático”.
👉 Por fim, embora a maioria dos países da RCEP já tenha fortes laços comerciais entre si - as trocas comerciais vão desde cereais até semicondutores -, o novo tratado é considerado importante porque resultará em um sistema comercial mais unificado.
Agora que já falamos sobre a importância do RCEP, vamos entender um pouco mais sobre o que é o Comex. Uma das principais vantagens do Comércio Exterior é a possibilidade de importar mercadorias não existentes no país. Esse investimento é muito benéfico, pois garante um diferencial competitivo para as empresas que comercializam esses produtos internacionais no Brasil.
O mesmo vale para a exportação. Existem mercadorias que temos em grandes volumes no país, como é o caso dos produtos de origem agrícola. Os granéis agrícolas, como a soja, o milho e o trigo, são produzidos em grande escala no país, e a exportação contribui muito para a economia nacional.
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A Parceria Econômica Global Abrangente (RCEP) é um acordo de livre comércio entre 15 países da região Ásia-Pacífico. Esse novo bloco econômico corresponde a mais de 30% do PIB mundial e quase ⅓ da população do planeta.
O comércio exterior é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande porcentagem do PIB.