por Sinara Bueno
Entenda a crise energética na China
Uma crescente crise no fornecimento de energia na China está causando apagões em casas e forçando as fábricas a cortar a produção, ameaçando desacelerar a vasta economia do país e colocar ainda mais pressão nas cadeias de fornecimento do mundo todo.
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Crise de energia na China: quais os problemas?
Os controles para a redução do consumo de energia vêm na esteira do aumento da demanda por eletricidade e maiores preços do gás, bem como devido às rigorosas metas do governo de Pequim para reduzir as emissões.
Vale ressaltar que a crise de energia atinge primeiro os gigantescos setores industriais do país: como fundições de alumínio, produtores têxteis e esmagadoras de soja, que são obrigados a desacelerar a atividade ou, em alguns casos, paralisar as operações por completo.
As empresas nos centros industriais do país foram orientadas a limitar seu consumo de energia a fim de reduzir a demanda. Fornecedoras da Apple, Tesla e outras indústrias também foram afetadas com o blecaute, e tiveram que interromper suas atividades.
A Unimicron Technology, da Apple, disse que fábricas em duas regiões foram instruídas a parar a produção do meio-dia de domingo até quinta-feira, em documentos arquivados na bolsa de valores de Taiwan na segunda-feira.
Essa escassez de energia também atingiu a província de Guangdong, no sul, um importante polo industrial e de navegação. Autoridades locais disseram na segunda que muitas empresas estão tentando reduzir a demanda trabalhando dois ou três dias por semana.
Lembrando que as indústrias chinesas estão enfrentando enorme pressão do aumento dos preços da energia para combater as emissões de carbono.
O maior país poluidor do mundo está tentando cumprir a promessa de que suas emissões de carbono atingirão o pico antes de 2030.
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Impactos econômicos causados pela crise de energia na China
O grupo Goldman Sachs disse em nota que até 44% da atividade industrial da China foram afetados pela falta de energia, e estimou que pode causar uma queda de 1 ponto percentual no crescimento anualizado do PIB no terceiro trimestre, e uma queda de 2 pontos percentuais em outubro a dezembro. Ainda cortou a previsão de crescimento do PIB da China em 2021 de 8,2% para 7,8%.
Com a escassez de eletricidade prejudicando grandes setores da indústria, o governador da província de Jilin, uma das mais atingidas, Han Jun, pediu um aumento nas importações de carvão.
Cenário pós-pandemia na China
A China saiu da crise pandêmica em grande parte graças a um crescimento na construção e na manufatura. Mas os projetos imobiliários e as fábricas precisam de grande fornecimento de energia para operar e, portanto, grandes quantidades de carvão.
De acordo com uma pesquisa divulgada em maio pelo Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo: O foco em infraestrutura empurrou as emissões de carbono da China para níveis recordes no primeiro trimestre de 2021.
O Conselho de Eletricidade da China, que representa os fornecedores de energia do país, também falou em uma nota, nesta segunda-feira que as empresas de energia movidas a carvão estão agora "expandindo seus canais de aquisição a qualquer custo” para garantir o aquecimento no inverno e o fornecimento de eletricidade.
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