A Economia global deve enfrentar o pior desempenho desde a Grande Depressão de 1929, diz FMI. Neste artigo vamos entender mais sobre este cenário de crise com base na expectativa divulgada pelo Fundo Monetário Internacional. Afinal, qual é a semelhança entre este marco histórico e o coronavírus e o cenário de crise atual?
Nesta terça-feira, 14/04, o relatório divulgado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) apresentou dados nada motivantes. Com estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) global recuando 3%, o futuro acaba de ser traçado como um dos piores cenários desde a Grande Depressão.
A pandemia do COVID-19 — popularmente conhecido como Coronavírus — chegou para abalar as estruturas da economia global. Como já é de conhecimento público, cada dia o mundo presencia os rastros sendo deixados pelo vírus que, no final de 2019, deu as caras em Wuhan, na China.
Vamos agora saber mais sobre a pandemia no comércio exterior! 😉
Para o Brasil, a estimativa é o PIB reduzindo 5,3%, segundo o FMI, o que derruba tese anterior, que mencionava a alta de 2,2%. Já o relatório do Banco Mundial, divulgado neste domingo, 12/04, a previsão é da retração de 5%. Muito mais otimista que os outros dois, o relatório do Banco Central, Focus, apresenta uma visão bem distante do que foi anunciado, com queda de 2%.
Olhando para um todo, a projeção é de 170 países com crescimento negativo em 2020. Dadas incertezas, todas essas estimativas podem ser alteradas a qualquer momento, o que torna ainda mais perigoso cada passo dado.
Fonte: FMI
Em uma entrevista concedida na terça-feira, a economista-chefe do Fundo, Gita Gopinath, afirmou que nenhum outro colapso foi tão rápido e constante quanto este que estamos vivendo. O documento apresenta, também, uma previsão de um péssimo cenário econômico, sendo, então, comparado à Grande Depressão, um momento histórico que resultou em inúmeras pessoas desempregadas, indústrias fechadas, registros de falência e marcas por todos os territórios do mundo.
“À medida que os países implementam as quarentenas e práticas de distanciamento social necessárias para conter a pandemia, o mundo passa por um grande bloqueio. A magnitude e a velocidade do colapso da atividade que se seguiu à pandemia [do COVID-19] é diferente de tudo o que foi experimentado em nossas vida”, conta Gopinath.
“É muito provável que este ano a economia global experimente a sua pior recessão desde a Grande Depressão, superando a que foi observada uma década atrás durante a crise financeira”, encerra a economista-chefe.
Trabalhando como diretora-geral do FMI, a Kristalina Georgieva afirma que os mercados emergentes e nações de baixa renda correm grande risco.
“Estimamos que as necessidades brutas de financiamento externo para mercados emergentes e países em desenvolvimento chegarão a dois trilhões de dólares, e eles só podem cobrir uma parte disto por si sós. Precisam de ajuda urgente”, conta a diretora.
Um nome bastante conhecido, Paul Romer, vencedor do Nobel de Economia em 2018, também fez declarações sobre o momento atual. Em uma de suas falas, afirma que o melhor a ser feito é investir em testes e garantir a proteção e segurança para que as pessoas possam retornar aos seus trabalhos. Assim como mostrado no documento apresentado pelo FMI, Romer concorda com a verossimilhança da Grande Depressão e a nova crise enfrentada. Além disso, o ex economista-chefe do Banco Mundial alfinetou a decisão tomada pelo Brasil e Reino Unido de permitir a circulação daqueles que foram curados do vírus.
Ainda relacionado ao Coronavírus e o cenário de crise, confira o nosso texto: Coronavírus: Economia e Comércio Exterior
Dando uma pausa para respirar depois de todo ar de pessimismo, há projeção de recuperação para 2021, e a frente desta expectativa está nas mãos das economias em desenvolvimento. O motivo para que um suspiro de alívio seja dado são pelas medidas adotadas pelos governos no mundo todo. Uma vez que a pandemia é encarada como um problema sério, o lockdown seja cumprido e ações políticas-econômicas forem tomadas, há razões para esperanças. O avanço aguardado, para os brasileiros, é de 2,9%.
Reconhecida como a mais grave crise econômica do século XX, a Grande Depressão foi iniciada no momento em que houve desequilíbrio na economia dos Estados Unidos. O ano de 1920, foi marcado por um rápido crescimento no mercado norte-americano, o que atraiu o olhar de investidores. Entre pessoas vendendo suas próprias casas para comprar ações e empresas entrando de cabeça nos investimentos, os EUA entraram em recessão e, com isso, tudo foi por água abaixo. No décimo mês, outubro, de 1929, o país começou a mostrar que não estava tudo bem e, em efeito dominó, o mundo entrou em colapso. Com mais de dois milhões de desempregados, indústrias fechadas, reflexo nas vendas de café e muito desespero, o Brasil se deparou com a pior crise já enfrentada. Foram necessários 12 anos para a reestruturação e, somente em 1941, a devastação foi superada nos EUA.
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O comércio exterior é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande porcentagem do PIB.