Brasil X Peru: relação comercial entre os países

Atualizado em: por Sinara Bueno.

Ainda em Clima de final de Copa América, entre o nosso país, Brasil X Peru, decidimos fazer um artigo especial sobre os acordos que envolvem essas duas nações e principalmente, sobre os processos de Importação e Exportação entre os dois países. 

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Hoje, neste artigo, você verá os seguintes assuntos:

  • O relacionamento entre as nações;
  • Números Comerciais entre as nações;
  • Acordo de Semente;
  • A Associação Latino-Americana de Integração- ALADI;
  • Sobre a ALADI; e
  • Os Objetivos da ALADI.

Vamos lá agora saber mais sobre a relação de importação e exportação do Peru!😉

O relacionamento entre as nações 

Brasil e Peru começaram a aliança estratégica no ano de 2003. Com assuntos que iam desde a integração das fronteiras, até ao combate do narcotráfico e o compartilhamento da  ciência, tecnologia e cooperação técnica, as nações realizaram o acordo comercial buscando desenvolvendo para ambos os países. 

>> Leia também "Quais países o Brasil tem acordo comercial?"

Brasil e Peru dividem uma fronteira com extensão total de 2.995 quilômetros, sendo considerada a 11° maior extensão de fronteiras do mundo. 

Portanto,  o assunto é prioritário no relacionamento das duas nações. Assinado e criado pela CVIF, a Comissão Vice-Ministerial de Integração Fronteiriça Brasil - Peru, são tratados assuntos como:

  • controle fronteiriço integrado
  • transportes
  • saúde na fronteira
  • cooperação ambiental fronteiriça
  • temas indígenas

Dentro CVIF, existem outros três comitês de trabalho que atuam nas questões relevantes para as nações, sendo o Grupo de Cooperação Ambiental Fronteiriça (GCAF) e o Grupo de Trabalho de Saúde na Fronteira.

Não menos importante do que os demais assuntos, o combate aos ilícitos transnacionais, principalmente o narcotráfico, é também um tema de muita importância para as duas repúblicas. 

A Comissão Mista que é focada em assuntos sobre narcóticos e drogas, conta com espaço especial focado no acompanhamento político-diplomático e está em constante colaboração entre as autoridades dos dois países. Essa importância que Brasil e Peru despendem em cima desse tema, impacta diretamente na região fronteiriça.

Números Comerciais Entre Brasil e Peru

Quando falamos em números comerciais entre as duas nações, o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do Peru. 

Só no ano de 2020, a balança comercial foi de US$ 929 milhões, totalizando um aumento equivalente 2,5% se comparado ao ano de 2019. 

Já quando falamos das operações de exportações, os trâmites brasileiros alcançaram US$ 1,65 bilhão, e as importações chegaram ao número de US$ 730 milhões. Entre os produtos mais exportados do Brasil para o Peru, estão: 

  • Veículos automóveis de transporte
  • Automóveis de passageiros 
  • Demais produtos - Indústria de Transformação
  • Papel e cartão
  • Barras de ferro e aço
  • Arroz

Já nas Importações, foram os produtos: 

  • Cobre
  • Óleos combustíveis de petróleo
  • Chapas, folhas, películas de plástico
  • Legumes, raízes e tubérculos
  • Elementos químicos inorgânicos

Considerando um histórico Recente, no ano de 2016, as exportações brasileiras para o Peru cresceram 7,3% em relação ao ano de 2015, ultrapassando a quantia de US$ 1,8 bilhão e chegando no valor de US$ 1,9 bilhão. 

Ou seja, a participação brasileira subiu de 0,9% para 1,1%, levando o Peru ao número de 27º destino das exportações brasileiras no ano. Já as importações brasileiras do Peru atingiram US$ 1,2 bilhão, levando a participação do Peru de 0,7% para 0,9%. Sendo, também, 27º fornecedor estrangeiro à nação Brasileira. 

Trazendo para os anos de 2019 e 2020, os números são diferentes e mostram uma melhora nos números de Exportação entre Brasil e Peru

Veja abaixo os números sobre os trâmites de Exportação e Importação das nações.

Brasil X Peru

Fonte: ComexVis

Já ouviu falar do Acordo de Semente entre Brasil e Peru?

Algum tempo atrás, o Brasil fechou o Acordo Semente que é o Acordo de Ampliação Econômico-Comercial. A partir deste acordo, as licitações peruanas de bens e serviços passam a estar abertas para as empresas brasileiras, bem como as licitações brasileiras estarão abertas para as empresas peruanas.

O Acordo Semente  segue os mesmos moldes do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos que já foram assinados com outros países da América Latina e da África, este acordo estabelece liberalização de serviços, abertura dos mercados de compras públicas e inclui um capítulo de investimentos. 

Em 1993, no Brasil foi oficializado o Acordo de Sementes pelo Decreto nº 775. Este acordo tem como objetivo liberar o comércio intra-regional de sementes e estabelecer condições para o desenvolvimento harmônico. 

Sendo assim, as importações realizadas pelos países-membros da ALADI, estão livres de encargos sob o processo de importação, assim como qualquer outro encargos de caráter fiscal, monetário, cambial ou de outra natureza.

Leia sobre as importações do Peru para o Brasil.

A Associação Latino-Americana de Integração- ALADI.

As duas nações fazem parte da ALADI, que é a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). 

A ALADI é um organismo intergovernamental formado por treze países latino-americanos. A sua do grupo fica localizado em Montevidéu, que é Capital do Uruguai

O Grupo tem como objetivo tratar de assuntos econômicos e por isso, é visto por muitos, como um bloco econômico, porém, além destes assuntos, eles também buscam dar ênfase a assuntos que abordam a integração social e tecnológica nas nações participantes.

Sobre a ALADI

A ALADI pode ser vista, por muitos como um bloco econômico, que são formados para reduzir ou até mesmo eliminar as tarifas alfandegárias, intensificando, assim, a importação e exportação de produtos.  Que diferente do Acordo internacional que possuem como objetivo criar organismos que dinamizam as relações comerciais, sociais e políticas entre os seus países membros. 

Criada em 12 de Agosto de 1980, por meio do Tratado de Montevidéu, a associação é constituída pelos países-membros: 

Os Objetivos da ALADI

O Acordo Internacional ALADI, possui diversos objetivos diferenciados, como estabelecer parcerias de acordos comerciais entre os países-membros da ALADI, assim como, buscar um mercado latino-americano comum ao Mercosul. 

Entre outros objetivos estão: 

  • Criar mecanismos de cooperação tecnológica e científica;
  • Facilitar a abertura dos mercados entre os países-membros, buscando reduzir tarifas alfandegárias e eliminar obstáculos administrativos e técnicos; e
  • Promover o desenvolvimento social da região de forma equilibrada e harmônica.

Quando consideramos todos os países-membros da ALADI, podemos observar números  que chamam bastante atenção. Só em 2018, era estimado que os países-membros deste acordo, somavam mais 530 milhões de habitantes, além de um PIB que gira em torno de US$ 2,2 trilhões e isso que esses números são apenas estimativas. 

Ainda para nível de curiosidade, é possível considerar que em 2018, mais de US$ 450 milhões foram transacionados entre os países-membros.  Não é pouca coisa, não é mesmo?

2021: Exportações e Importações Brasileiras 

No ano de 2021, até o mês de Novembro, o Brasil totalizou um valor corrente de negociações no comércio exterior de US$ Milhões 454.996,8. 

Sendo US$ Milhões 256.028,3 de exportações, e US$ Milhões 198.968,5. Gerando um superávit de US$ Milhões 57.059,8.

O produto mais importado no ano de 2021 foi o “Adubos ou Fertilizantes Químicos”.

Quanto ao produto mais exportado no ano foi  “Minério de Ferro e seus concentrados” conforme dados do ComexStat.

E aí, gostou deste artigo sobre a relação comercial com o Peru, como funciona a relação comercial Brasil e Peru e os dados do comércio exterior entre Brasil e Peru? Então se inscreva no nosso blog e fique por dentro de mais notícias sobre exportação, importação e drawback. 😉

Sinara Bueno
Sinara Bueno

Despachante Aduaneira, formada em Comércio Exterior e empreendedora. Apaixonada por criar e inovar no Comex! Trabalhou na área de importação e exportação de indústrias, consultorias de comércio exterior e, nos últimos anos, tem se dedicado aos sistemas para comex. É co-founder da Fazcomex

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