Cidades brasileiras que mais Importam: Conheça

Atualizado em: por Sinara Bueno.

A pauta de importações do Brasil conta com uma vasta variedade de produtos, e neste artigo, falaremos sobre as cidades brasileiras que mais importam, assim como seus respectivos principais produtos.

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Em outro artigo, falamos sobre as cidades que mais exportam no Brasil, então, se você gosta desse tipo de matéria, vale a pena conferir.

Então vamos conhecer agora sobre as cidades brasileiras que mais importam produtos

Cidades brasileiras que mais importam

10 cidades brasileiras que mais importam

Confira a lista das 10 cidades que mais importam no Brasil:

  1. Rio de Janeiro
  2. Manaus
  3. Macaé
  4. São Paulo
  5. Itajaí
  6. Paulínia
  7. Vitória
  8. Jundiaí
  9. Campinas
  10. Santos

Cidades que mais importam no Brasil

As importações brasileiras são, em sua grande maioria, produtos do setor da indústria da transformação, como podemos ver no artigo Importações do Brasil: principais produtos importados. Agora, nos aprofundaremos nas principais compras das cidades brasileiras. 

Segundo o  Comex Stat, os principais produtos importados pelas cidades brasileiras entre janeiro e agosto de 2020 foram, respectivamente:

  1. Rio de Janeiro

Em primeiro lugar, vemos a capital do estado, Rio de Janeiro, que teve 6,8% de participação nas importações do Brasil e 43,6% de participação nas importações do Rio de Janeiro. As importações nos primeiros oito meses de 2020 apresentaram uma receita de US$ FOB 6.903,45 bilhões, uma alta de 35,1% com relação ao mesmo período do ano anterior. Falando em ano passado, a cidade Rio de Janeiro esteve em terceiro lugar no ranking de cidades importadoras.

Dentre os principais produtos importados pela cidade do Rio de Janeiro, vemos barcos-faróis, barcos-bombas, dragas, guindastes [...], com 27% (um total, em dólares, de US$ FOB 1,89 bilhão); outras máquinas e aparelhos de terraplanagem, nivelamento, raspagem [...], com 17% (US$ FOB 1,19 bilhão) e tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios, 11% (US$ FOB 748 milhões).

Para ilustrar melhor, veja a imagem abaixo:

Cidades brasileiras que mais importam

Imagem: Reprodução.

2. Manaus

Manaus, capital do Amazonas, ficou em segundo lugar no ranking das cidades importadoras. Manaus teve 98,6% de participação nas importações do Amazonas. Em 2019, Manaus ficou em primeiro lugar no ranking de cidades importadoras do Brasil.

Os principais produtos importados por Manaus passaram por uma grande diversidade nos setores, entre eles: indústria alimentar, máquinas e aparelhos, gorduras e óleos, material de transporte, entre outros.

Os três principais produtos comprados por Manaus foram:

  • Partes reconhecíveis como exclusiva aos aparelhos das posições 8525 a 8528 (16%)
  • Circuitos integrados e microconjuntos (15%)
  • Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios (8,5%)

3. Macaé

Agora, falaremos da cidade que é conhecida como a "Capital Nacional do Petróleo", Macaé, localizada no Rio de Janeiro. Ficando em terceiro lugar, foram importados US$ 5.416,33 bilhões, tendo uma alta de 39,8% com relação ao mesmo período do ano anterior. Assim como a cidade anterior, Macaé mantém um déficit de US$ -4.635,56 bilhões.

Importando, principalmente, do Japão, Noruega, Dinamarca e Estados Unidos, os principais produtos importados por Macaé, entre janeiro e agosto de 2020, foram 59% barcos-faróis, barcos-bombas, dragas [...]; 20% tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios; 13% torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão) [...].

4. São Paulo

E se você pensou que São Paulo estaria em primeiro lugar, acabou se enganando. Com um total de US$ 5.115,9 bilhões, a grande capital de SP ficou na quarta posição, tendo 15,2% de participação nas importações de São Paulo e 5% de participação nas importações brasileiras; a cidade permaneceu com déficit, assim como em 2019, totalizando US$ FOB -2.277,32 bilhões.

Comprando dos Estados Unidos e China, os principais produtos importados pela cidade de São Paulo foram óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, com 14%; medicamentos, 3,6% e sangue humano 3,3%. Abaixo, confira a ilustração das importações de São Paulo, SP:

Cidades brasileiras que mais importam

Imagem: Reprodução. Comex Stat.

5. Itajaí

A cidade portuária de Santa Catarina apareceu em mais um ranking de principais cidades, dessa vez, em quinto lugar nas importações. Itajaí importou cerca de US$ FOB 4.288,56 bilhões, sendo 10,1% a menos que no ano passado, 2019. Contribuiu com 45,6% das importações de Santa Catarina e 4,2% nas importações brasileiras.

Itajaí teve como principais produtos importados os polímeros de etileno, em formas primárias, com 4,4% e US$ FOB 189 milhões; cobre afinado e ligas de cobre, 4,1% e US$ FOB 175 milhões e díodos, transístores e dispositivos semelhantes 3,1% e US$ FOB 131 milhões.

Conheça também o Porto de Itajaí que está entre os principais portos do Brasil.

As origens dos produtos comprados são, em suma, China, Estados Unidos, Argentina e Chile.

A cidade de Itajaí também é uma grande exportadora e encontra-se no Top 10 do Ranking das Cidades que mais exportam no Brasil. Ver Exportações de Itajaí.

Se você está procurando por Despachantes Aduaneiros em Itajaí, confira em nosso Portal de Empresas os principais despachantes aduaneiros da cidade catarinense e também de todo o país.

6. Paulínia

Saindo um pouco do sul do país e voltando para o sudeste, vemos Paulínia, município de São Paulo, em sexto lugar. Em valores, foram importados US$ FOB 2.537,35 bilhões, condizentes com 2,5% das importações brasileiras e 7,5% das importações paulistas.

As origens dos produtos importados são, em sua grande parte, dos Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Suíça. As importações para Paulínia não apresentam uma segmentação tão grande quanto as demais cidades, sendo elas inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas [...], responsáveis por 39% do quadro de compras de Paulínia; compostos heterocíclicos, 13%; ácidos nucleicos e seus sais, 7,5%.

7. Vitória

A capital do Espírito Santo, Vitória, ficou em sétimo lugar no ranking de cidades brasileiras que mais importam, com uma receita de US$ FOB 2.398,59 bilhões e uma crescente de 75% com relação ao mesmo período do ano anterior, 2019. Vitória mantém déficit de US$ FOB -1.181,89 bilhões e é responsável por 57% das importações do Espírito Santo e 2,4% das importações brasileiras.

No ano passado, Vitória ficou em 18º lugar no mesmo ranking, com US$ FOB 2.109,08 bilhões.

Parceira dos Estados Unidos, Canadá, China, Dinamarca e França, importou tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios (31%); outros veículos aéreos (por exemplo: helicópteros e aviões), 18% e torneiras, válvulas, com 7,6%.

8. Jundiaí

Mais uma cidade de São Paulo aparece na lista. Jundiaí, que importou US$ 1.806,6 bilhões, ficou em oitavo lugar, com 5,4% de participação nas importações do estado e 1,8% nas importações do país.

Tendo como parceiros a China, Vietnã e Estados Unidos, os principais produtos importados destacados foram: aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios (26%); circuitos integrados e microconjuntos electrónicos (19%) e máquinas automáticas para processamentos de dados (6,6%), todos pertencentes ao setor máquinas e aparelhos. Abaixo, confira a ilustração das importações:

Cidades brasileiras que mais importam


9. Santos

Outra cidade portuária aparece aqui em nosso ranking. Santos, em São Paulo, importou US$ 1.703,71 bilhões, cerca de 213,6% a mais que o mesmo período de 2019. Nesse ranking, é a primeira cidade a manter superávit.

No ano passado, Santos ficou em 50º lugar no ranking de cidades brasileiras que mais importam, subindo 42 posições em 2020.

Os principais produtos importados por Santos são oriundos, em grande maioria, dos Estados Unidos e Argentina. O quadro de importação teve como os três principais produtos importados as mercadorias tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios (32%), posição 8307 na NCM, segundo o Sistema Harmonizado; óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (13%); tubos e perfis ocos, sem costura, de ferro ou aço (11%).

Vale lembrar que Santos também tem um dos principais portos brasileiros.

10. Campinas

Em décimo e último lugar, o ranking de cidades brasileiras que mais importam é fechado com mais uma cidade de São Paulo. Campinas importou US$ FOB 1.652,78 bilhões entre janeiro e agosto de 2020, totalizando 4,9% das importações de São Paulo e 1,6% das importações do Brasil.

Assim como em outros municípios, o quadro de importações teve os três primeiros lugares dominados pelos setores máquinas e aparelhos e produtos das indústrias químicas, sendo eles: aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios (22%); circuitos integrados e microconjuntos electrónicos (17%); medicamentos (3,6%)

Os produtos são, em sua grande maioria, de origem chinesa, vietnamita, estadunidense e sul-coreana.

Se você gosta de estatísticas, confira também nosso artigo sobre o Ranking dos Estados que mais importam no Brasil.

O que é o Novo Processo de Importação (NPI):

O Novo Processo de Importação, ou simplesmente NPI é o Projeto do Governo de reestruturação, simplificação e desburocratização das Importações Brasileiras. O Portal Siscomex é um dos instrumentos do NPI, no qual temos uma reestruturação de documentos eletrônicos tais como: a DUIMP, o Catálogo de Produtos, LPCO e outros.

Mas não ficando só nisso, e passando também por mapeamento, reestruturação de normas, processos e legislações. 

E aí, gostou deste artigo sobre as cidades brasileiras que mais importam, quais as cidades que mais importam e a cidade que mais importa no Brasil? Então, inscreva-se no nosso blog e fique por dentro das novidades de Exportação, Importação e Drawback.

O que é comércio exterior?

O comércio exterior é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande porcentagem do PIB.

Qual a cidade brasileira que mais importa produtos?

A cidade brasileira que mais importa produtos é o Rio de Janeiro.

Sinara Bueno
Sinara Bueno

Despachante Aduaneira, formada em Comércio Exterior e empreendedora. Apaixonada por criar e inovar no Comex! Trabalhou na área de importação e exportação de indústrias, consultorias de comércio exterior e, nos últimos anos, tem se dedicado aos sistemas para comex. É co-founder da Fazcomex

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